Julio Barreto é um artista paulistano que participou das primeiras gerações de grafiteiros em São Paulo, inserindo o grafite no contexto urbano da cidade no início dos anos 80, quando a técnica começou a ser assimilada e entendida como manifestação artística.

 

Durante essa época, a cultura do grafite em São Paulo era vista como uma forma de expressão alternativa e marginalizada, muitas vezes associada à delinquência juvenil. Entretanto, essa cena underground se estabeleceu e cresceu, criando um movimento de arte urbana que se tornou parte integrante da cultura paulistana e brasileira.

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Julio trabalhou com outros grafiteiros notáveis como seu vizinho e amigo Alex Vallauri, Carlos Matuck, e outros artistas que criaram esse cenário em São Paulo. Ao longo de sua carreira, ele desenvolveu muitas técnicas criativas, como pintura em lona, colagens, pintura com estêncil, recortes em PVC e xilogravura. Assim, hoje, o artista alcança a mistura de diversas técnicas, nunca esquecendo suas raízes e traços urbanos.

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Em suas obras, Julio Barreto aborda temas diversos, como engrenagens do universo, violência contra a mulher e atividades cotidianas, com o intuito de gerar questionamento, e por vezes, riso.

 

O artista também destaca-se pela capacidade de enxergar outras figuras em um cenário urbano, e a partir de elementos "crus" como vigas, muros e restos de materiais de construção, criar uma nova imagem interativa e criativa.